Aurelino, embora tenha experimentado outros suportes, trabalha primordialmente pela geometrização. São representações de uma arquitetura idealizada de planos, formas e cores, construindo paisagens, vistas ao mesmo tempo de perfil e de cima, com referências e interpretações variadas, passando pelo barroco e sobretudo pelo concretismo e neocrentismo.

As paisagens retratadas, que traduzem a vida urbana de uma maneira muito particular e com muita identidade, já levaram este grande artista a ter suas obras apresentadas em exposições internacionais em São Paulo, no Museu Afro Brasil e no Instituto Tomie Ohtake, além da inauguração do Museu Janete Costa de Arte Popular. Também foi apresentado na Young Art Madrid em 2009 e na Fundação Carioca, em Paris, que lhe rendeu tamanho destaque. A crítica especializada o definiu como um mito vivo, citando o poeta português Fernando Pessoa: “o mito é o nada que é tudo”.