Montez Magno
Timbaúba/PE – 1934
Recife/PE – 2023
Com o rigor e a paciência de quem conhece o drama da pintura e as virtudes da geometria, Montez Magno organiza engenhosamente o espaço da tela com um repertório selecionado de formas, cores e linhas, obedecendo a uma disciplina nos limites entre a objetividade e a poética. A pintura renasce na fantasia construtiva como uma forma de pensamento reservado e singular, depois que a contemplação do artista repousa sobre grades e tramas com seus desenhos simples e discretos ou sobre os abismos da imaginação. Tem Mondrian, Malévitch, Morandi ou Albers na memória e uma vontade de pintar que busca no suporte temático o motivo necessário para uma pintura que se realiza primeiramente como pintura, surpreendendo a contemporaneidade. Montez inventa superfícies abstratas que superam as referências localizadas fora do universo da arte.
Almandrade / 2008